Gente ta um corre corre aqui em casa então to mega sem tempo de vir aqui conversar com vocês ,então achei melhor deixa esse mês em off no dia 12/07 eu volto com tudo pra vocês,com novidades, videos novos,post novos tudo novinho,se correr tudo certo a obra acaba essa semana no maximo na outra ta tudo pronto e arrumado ai sim eu vou ser só de vocês e pra quem não sabe eu estou divulgando algumas das minhas amigas blogueira e youtuber,sempre mandando beijuuuuuus e divulgando para que vocês conheçam os trabalhos delas também,então aparti do dia 12 vocês vão conhecer não só no #IndicaQuinta...
Bom gente é só isso eu to morrendo de saudades,estou fotografando todas as novidades para vocês!
Conheça a história da produtora de moda Karen Martinelli, que venceu um câncer, superou o fim de um noivado e hoje ajuda mulheres que estão na mesma situação
Meu nome é Karen Martinelli, sou paulistana e tenho 30 anos. Aos 27 anos, eu trabalhava como produtora de moda e estava indo muito bem na profissão. Do nada, comecei a ter febre todos os dias à noite. Tentei descobrir o que era, mas os médicos não encontravam nada. Um dia, senti um carocinho no meu pescoço e mostrei pra minha irmã mais velha, que é médica. Ela me orientou a procurar um hospital imediatamente. Imagino que, naquele momento, ela já sabia que podia ser algum tipo de linfoma.
Fui internada e diagnosticada com Linfoma de Hodgkin em estágio avançado. Fiquei anestesiada, eu não sabia o que viria pela frente. Pensei em adiar a festa, mas o meu noivo não quis. Ele chorou muito quando soube da minha doença, mas disse que sairia tudo como tínhamos planejado, que nossa vida não ia mudar. Pedi pra começar o tratamento só depois da festa. Não queria estar sem cabelos na comemoração, meu cabelão era o meu xodó, sabe? Cuidar das madeixas era a minha maior vaidade.
Comecei a sofrer muito com os efeitos colaterais do tratamento, febre, enjoos, dores no corpo e muito cansaço. Um vez eu e o meu noivo marcamos de sair no sábado, mas eu não consegui, estava péssima. Acho que foi naquele dia, que ele se tocou que a nossa relação não seria a mesma enquanto eu estivesse doente. A minha mãe me dava uma força enorme, mas, por outro lado, tive que separar as minhas amizades. Havia o grupo dos que não se importavam, o dos que não sabiam lidar comigo e aqueles que estavam ali pro que eu precisasse.
Um dia, recebi um telefonema do meu noivo. Ele estava com uma voz supercalma e me disse: "Ká, é melhor você seguir o seu caminho. E eu, o meu." Acredita? Foi assim que ele terminou comigo. Fiquei arrasada, eu já estava fraca, só tinha vontade de chorar e desistir de tudo. Foi quando a minha médica me disse que o câncer ia adorar me ver daquele jeito e que, se eu quisesse viver, tinha que começar a reagir. Pensei e decidi que nem a doença nem a tristeza iam me vencer.
Foram oito longos meses de quimio e mais 24 sessões de radioterapia, que me deixaram com manchas na pele e cicatrizes no tórax até hoje. Durante o tratamento, abri o blog Minha Vitrine, era minha maneira de continuar antenada na moda e nas tendências de make, além de me manter ocupada e ativa em meio a tudo isso.
Tempos depois, recebo a pior notícia do mundo, o meu câncer estava de volta. Encontraram um tumor no meu peito e a única possibilidade de cura era fazer um transplante de medula óssea. Eu sentia que não tinha mais forças pra enfrentar tudo aquilo. Fiquei completamente sem chão. Sinceramente, pensei que dessa vez ia morrer. Foi muito pior do que no primeiro diagnóstico, quando eu não sabia a barra que era o tratamento contra o câncer e a minha referência da doença era o que eu via nas novelas.
Pedi muita força a Deus. Comecei a fazer sessões de quimio fortíssimas que levavam dias, e sentia a vida balançar dentro de mim. Veio uma esperança, descobriram que eu poderia ser a minha própria doadora de medula e colheram uma quantidade que deu pro meu transplante e ainda sobrou pro banco de medulas. Precisei me internar num quarto completamente isolado, recebia altas doses de medicação e engordei 20kg só nesses primeiros dias! Tive trombose e todo o meu cabelo caiu. Recebi a medula e rezava todo o tempo pra que desse tudo certo.
Hoje, tenho uma vida normal. Ainda tenho um cateter no tórax, mas que deve ser retirado em breve. Estou me cuidando pra perder todos os quilos que ganhei por causa dos remédios, já emagreci 14 quilos, mas quero mais. Acabo de completar um ano de transplante e estou melhor do que nunca. Mudei completamente, sou uma pessoa mais forte e decidida. Estou solteira, mas sei que, quando tiver alguém do meu lado, vai ser pra valer.
Pra retribuir o que Deus me deu, criei o Projeto do Rei, que auxilia mulheres com câncer. Na primeira quimio, as pacientes recebem um kit com um lenço, um cosmético e um livro motivacional. Também faço palestras em que dou dicas de moda e maquiagem pra quem está se tratando. Também conto a minha experiência. É emocionante ver que hoje sou capaz de ajudar pessoas que estão passando pelo mesmo que eu passei. Sai de tudo isso como uma pessoa bem melhor e que sabe valorizar o que realmente importa na vida.